segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quando a festa acaba



Hoje pus-me a refletir em minha vida. Me sentia vazio. Olhei para meu rosto no espelho e aquele que aparecia lá não era eu, não poderia ser eu, eu não queria que fosse eu. Nem me reconheci... Não sei se passou tanto tempo ou se o pouco que passou pareceu muito por ter sido perdido, apenas sei que doeu perceber que havia um tempo que eu tinha desperdiçado. Me recompus e fui ver o que havia sido levado com o tempo.Vi que eu fui a festas, visitei lugares, conheci pessoas, fiz todas as minhas vontades. Alimentei meu ego, meu orgulho, fiz o que me dava mais prazer. Olhei pra tudo isso com um certo riso em meu rosto, pois vi que eu tinha me tornado alguém, havia até mesmo conseguido me  vingar de algumas pessoas, meu riso ficou maior com isso. Foi então que eu pude ver, finalmente, por outro ângulo, e o riso foi desaparecendo, a sensação boa que antes havia se apoderado de mim foi esvaindo-se, vi que quanto mais eu alimentava meu ego mais eu matava tudo que estava a minha volta. Feri pessoas, matei sentimentos, me afastei de tudo aquilo que eu amava, que eu queria, que eu gostava. As coisas simples foram deixadas para trás, e onde havia um riso, agora, havia uma lagrima, havia dor, havia tristeza. Não percebi que nesse tempo em que vivi em função de alimentar meu ego de me dar prazer eu perdi as boas sementes, e todas aquelas que já haviam sido plantadas, tristemente, foram morrendo por falta de cuidado. E agora, eu chorava, desconsoladamente, como criança que se perde da mãe, eu chorava! Onde estavam meus sonhos, minhas fantasias, minha alegria, meus planos? Eu me perguntava inúmeras vezes, mas era em vão, eu mesmo não sabia responder, ou não queria responder, pois em algum momento me tornei bom demais para precisar de ajuda, para precisar de alguém, mas e agora, do que eu preciso? Eu olho e vejo que tive tudo o que eu sempre quis, e choro por ter passado tanto tempo querendo as coisas erradas! Não há amor, não restou companhia, as coisas passaram, os tempos mudaram, as festas acabaram, tudo se perdeu por causa da minha ganância. Os amigos que eu achava que tinha se foram também. Não tenho nada, aliás, tenho sim, tenho dor, sofrimento, ódio, e hoje eu cansei. Cansei de me sentir vazio, cansei de alimentar meu ego. Cansei de ter tudo e ainda assim me sentir como um nada, porque depois que o dinheiro acaba, a bebida acaba, o sucesso acaba, tudo friamente se vai, e quando a festa acaba, é que a gente percebe o quanto éramos cheios de tudo, porém tão vazios, pois não tínhamos nada alem de coisas materiais. Hoje acordei e pus-me a pensar a refletir e vi minha vida tão vazia, e chorei por ver tudo o que eu tinha construído. As pessoas me olham e veem alguém de sucesso, eu olho e vejo que paguei um preço muito alto para obter o sucesso, alcancei um pseudo-sucesso e me tornei um grande fracassado!

Quando iremos perceber que a vida não é uma festa eterna? Podemos festejar, beber, ficar com várias pessoas, fazer nossas vontades, nos proporcionar os maiores prazeres do mundo, e no fim quando a festa acabar é que nós entenderemos que não tínhamos nada, que não somos nada, que viver a vida em busca de coisas passageiras apenas teremos tudo aquilo que está de breve passagem. É quando a festa termina e nós olhamos para o lado e vemos que não há ninguém que possa nos ajudar a limpar a bagunça é que vemos o que na vida vale a pena. Quais as sementes que devem ser plantadas? O que você quer pra você? Pense bem, porque a festa sempre acaba, a solidão sempre chega, a dor nos encontra, e nenhum prazer é eterno. Quer aquilo que é eterno? Não busque em coisas passageiras, Deus é eterno e apenas ele pode te dar a eternidade.
“E esta é a promessa que Ele nos fez: a vida eterna.”
1 João 2:25



Carolina Trentino
Facebook: Carolina Trentino

Email: carol_trentino@hotmail.com/serounaoser-equipe@hotmail.com

2 comentários:

  1. legal
    Gostaria que você desse uma olhadinha no meu blog,ficaria muito agradecida http://danyrossi4.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir